San Jose - A caótica preparação da Costa Rica para a Copa do Mundo sofreu mais um golpe na sexta-feira, quando o presidente e toda a diretoria da federação de futebol Fedefut renunciaram, depois de intensa pressão por parte dos dirigentes de clubes.
``Não podemos continuar neste comitê sob as condições que eles querem impor, por isso renunciamos'', disse o presidente da Fedefut, Hermes Navarro, que presidiu a federação nos últimos dois anos.
Os problemas começaram quando os clubes se recusaram a suspender o campeonato local para que a seleção disputasse amistosos na Coréia do Sul, no dia 17 de abril, e no Japão, quatro dias mais tarde.
Ao contrário de muitas seleções latino-americanas, boa parte dos jogadores da Costa Rica atua no campeonato local, e sem eles é praticamente impossível disputar amistosos da seleção.
A Unafut, organização que representa os clubes, queria 570.000 dólares para interromper o campeonato em abril, por causa da perde de receitas.
A Costa Rica ainda tentou mudar a data dos amistosos, mas não obteve sucesso.
Navarro disse que as renúncias serão efetivadas no dia 25 de março, quando a assembléia geral deve se reunir para escolher um novo presidente e comitê executivo.
A Costa Rica está no grupo do Brasil na Copa do Mundo, e também vai enfrentar Turquia e China. A seleção também sofreu um golpe dentro de campo na quinta-feira, quando médicos disseram que o veterano atacante Hernan Medford não vai poder disputar a Copa do Mundo.
Medford, de 34 anos, é o único remanescente da seleção que disputou a Copa do Mundo de 1990. Segundo os médicos, ele vai precisar fazer uma segunda operação no joelho. Além disso, ele corre o risco de danificar permanentemente o joelho se continuar jogando.