Rio - Ao chegar ao Olímpico, para o treino da tarde desta segunda-feira, o goleiro reserva do Grêmio, Eduardo Martini, deu sua versão para a briga de sábado, durante o recreativo – na verdade, ele foi agredido pelo titular Danrlei, e nem teve oportunidade de reagir.
Eduardo foi puxado pelo assessor de imprensa Sérgio Schueller, que queria impedir entrevistas. Ele, no entanto, se desvencilhou do assessor e fez sua defesa. “No recreativo, o Danrlei se chocou comigo e caiu, e se irritou com os risos dos companheiros. Ele mandou eu abrir o olho, e depois de uma dividida ele me agrediu. Agora, para as nossas relações se normalizarem, quem errou vai ter que pedir desculpas, pedir perdão, e quem errou não fui eu.”
Sobre a teoria de Danrlei segundo a qual Eduardo "está com a cabeça ruim", o reserva afirmou não levar a sério. “Aliás, não sei o que ele entende por cabeça ruim”, acrescentou Eduardo, numa possível alusão ao prontuário de agressões de Danrlei.
Em 1995 o goleiro agrediu Válber, do Palmeiras, pelas costas, quando este brigava com Dinho. Isso lhe valeu antipatia nacional. Em treinos, ou no vestiário, desde então ele já brigou com Guilherme, Anderson Polga e Sílvio – este, um goleiro reserva mais forte do que ele, que reagiu e o agrediu com crueldade, sob a vista impassível dos colegas. Danrlei também teve desentendimentos com Palhinha, que se casou com sua ex-mulher. No ano passado, diante das câmeras de tevê, o goleiro agrediu no rosto o diretor de futebol Dênis Abraão, que, porém, o perdoou.
Os dirigentes não falam sobre a punição a ser aplicada a Danrlei e Eduardo Martini, mas correu a versão de que será uma multa de 20% sobre os salários.