Buenos Aires - O atacante Javier Saviola, companheiro de Rivaldo no Barcelona, afirmou que "o futebol é o consolo dos argentinos" e que "seria uma alegria muito grande" para seu povo se a seleção "fizesse um bom papel" no Mundial 2002.
Saviola disse que o "único que resta" na Argentina, um país castigado pela crise social, econômica, de segurança e de credibilidade nos políticos e dirigentes, é "o futebol" porque, "as pessoas vão aos estádios e, pelo menos por um momento, esquecem a situação do país".
Em entrevista à revista "Al Arco", editada nesta capital, o ex-jogador do River Plate afirmou que "hoje, na Argentina, estão mal as três classes sociais", porque a crise afeta tanto "os que têm dinheiro como os que não o têm".
"Me faz sofrer muito a situação que vive o país. Tenho medo por tudo o que está ocorrendo. O presente está muito mal, mas tenho a esperança de que tudo mude no futuro, porque chegou-se a um ponto limite", comentou o jogador.
"Se pudesse, traria (a Barcelona) a família, os amigos. Poder dar-lhes uma mão beneficiaria a mim e também eles", acrescentou.
Saviola disse que tem "esperança de ir ao Mundial" com a seleção argentina, para a qual foi convocado várias vezes pelo treinador Marcelo Bielsa.
"A vontade de ir é muita, mas não sei o que pensa Bielsa. (Juan Román) Riquelme joga mais atrás do que eu, e suponho que no final se sobressairão as necessidades da equipe em cada posição", indicou.