Cuiabá - O novo administrador da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Américo Faria, disse que o melhor termo para classificar o Mundial da Coréia do Sul e Japão é ''Copa Caramujo'' porque cada delegação “terá que carregar sua casa nas costas''.
Uma das principais questões é a dificuldade de transporte. Faria explicou que são proibidos vôos fretados entre a Coréia do Sul e Japão e que a questão ainda está sendo discutida.
“Isso elimina a chance de ter uma base fixa'', afirmou ele.
Faria, que substituiu Mauro Félix no mês passado, voltou na quarta-feira de um seminário com representantes da Fifa e dos comitês sul-coreano e japonês, em Tóquio, onde foi discutida a parte logística da Copa.
Durante o seminário, os representantes dos comitês disseram que os ingressos serão personalizados e caberá a cada confederação cadastrar o torcedor.
Ele criticou a medida: “O que a CBF tem a ver com isso? Vamos ter que estabelecer uma infra-estrutura só para cuidar disso. Para o próprio torcedor é ruim.''
Outro problema apontado por ele foi a questão da locomoção caso o Brasil se classifique para a segunda fase e vá para o Japão. Ele disse que cada seleção terá à sua disposição no país um ônibus, um micro-ônibus e dois carros. Mas o ônibus tem somente 27 lugares.
“Não pode ser assim, o Brasil, por exemplo, tem 45 pessoas credenciadas. Esse é outro ponto que foi discutido. Mas as coisas sempre se resolvem'', disse. “Vamos deglutir essas informações, trocar idéias'', completou.
Faria comentou ainda que as equipes terão que estar no local da partida com 24 horas de antecedência e que se um jogador se machucar durante a preparação para a Copa, ele poderá ser substituído até um dia antes da estréia.