Zurique - Opositores do presidente da Fifa, Joseph Blatter, tiveram uma significativa vitória nesta quinta-feira quando seu desejo de iniciar uma investigação interna nas finanças da entidade foi aceito em uma reunião extraordinária do comitê executivo.
Treze dos 24 membros do comitê solicitaram uma investigação sobre a saúde financeira da federação depois da falência da ISL-ISMM, sua parceira de longa data. O fato de eles terem conseguido a aprovação, contra a vontade do presidente, pode significar um grande revés para Blatter, que no domingo completa 66 anos.
A comissão de auditoria poderá convocar especialistas independentes para analisar as finanças da Fifa, o que pode revelar detalhes que ainda não vieram à tona.
O secretário-geral da entidade, Michel Zen-Ruffinen, que recebeu a orientação de não falar nada além de um breve comentário, disse apenas que a reunião havia durado três horas.
“O comitê decidiu estabelecer uma comissão interna de auditoria'', ele acrescentou. “Todos os detalhes serão revelados na entrevista coletiva de sábado''.
O presidente da Uefa, Lennart Johansson, um dos 13 membros que votou pela investigação, disse: “Estou satisfeito, foi uma boa reunião, mas o presidente vai se manifestar em breve''.
Ainda não se sabe quem participará da comissão, o que será decidido na sexta-feira. Sabe-se apenas que nenhum membro do comitê financeiro da Fifa participará da investigação.
Ao contrário do que normalmente faz, Blatter não conversou com a imprensa ao final do encontro, mas a percepção foi de que ele teve “uma má reunião''.
A sessão extraordinária do comitê foi convocada para discutir as finanças da Fifa, depois que na quinta-feira o comitê financeiro surpreendentemente anunciou que a entidade havia tido um lucro operacional de 42,31 milhões de dólares em 2001. Esperava-se que a Fifa anunciaria um prejuízo operacional por conta da falência da ISL.