São Paulo - O caso Luizão gerou uma guerra de bastidores entre dirigentes do Corinthians e do Grêmio. Nesta sexta-feira, o presidente do clube gaúcho, José Roberto Guerreiro, reagiu às críticas de Antonio Roque Citadini, vice de futebol corintiano.
Citadini disse, na quinta-feira, que a negociação entre o Hertha Berlin, da Alemanha, e o Grêmio para levar Luizão é um ato de pirataria. “O Grêmio nunca perdeu jogador por falta de pagamento. Então, esse cidadão que vá cuidar do clube dele, que já estará fazendo muito”, ironizou Guerreiro.
O presidente do Grêmio negou ainda que o clube tenha recebido uma oferta do Hertha Berlin para ficar com Luizão por quatro meses.
Apesar de uma pessoa ligada ao jogador dizer que ele se apresentará segunda-feira no Olímpico, Guerreiro afirma que a contração ainda não é fato consumado.
Outro ponto de conflito entre os clubes é o atraso, segundo Citadini, do pagamento da compra do zagueiro Nenê, em janeiro de 2000. “Comprar e pagar é uma coisa que o Grêmio não dá muita bola. É um time corajoso”, ironiza Citadini.
Guerreiro respondeu à altura. “Ah, é com o Corinthians? Se um jogador ganha sua liberdade na Justiça e é oferecido sem custo ao Corinthians, esse cidadão não vai aceitar? Claro que vai. Não foi o caso do Fumagalli? Aí, não é aliciamento, não é pirataria, imagino. Ora, o Brasil inteiro já conhece esse cidadão. Vamos deixar assim.”
Neste ano, o Grêmio é o terceiro clube que entra em choque com o Corinthians. Em janeiro, dirigentes do Flamengo trocaram farpas com Citadini por este ter cobrado parcelas atrasadas da compra de Edílson. O Santos, por causa da ida de Fumagalli para o Parque, também anda engasgado.