São Paulo - A teoria mais aceita para explicar o surgimento do universo diz que uma explosão, o Big Bang, iniciou o processo de formação dos sistemas planetários, dos planetas e das estrelas. Isso teria começado há milhões de anos e continuaria até hoje, em algum ponto da galáxia, no contínuo processo de expansão do universo.
Domingo à tarde, no Morumbi, o torcedor poderá conferir uma outra espécie de Big Bang. Duas jovens estrelas do futebol que estão se formando estarão frente-a-frente: o meia Kaká, pelo São Paulo, e o atacante Ricardo Oliveira, pela Portuguesa.
O são-paulino apareceu para o futebol no início do ano passado. Logo se firmou como titular da equipe do Tricolor e já está muito perto de uma vaga entre os 23 jogadores que irão disputar a Copa do Mundo. Já o jogador da Lusa conquistou seu lugar entre os titulares no Campeonato Brasileiro de 2001 e ainda luta por um espaço no cenário nacional.
"Para mim o Ricardo Oliveira já é uma realidade. É um bom atacante, que tem marcado gols importantes para a Portuguesa", elogia Kaká.
O meia do São Paulo reconhece que as coisas em sua carreira estão acontecendo rápido demais, mas não se preocupa. Aos 19 anos, mantém a tranqüilidade e fala como um veterano sobre seu momento e seu futuro no futebol.
"Psicologicamente eu estou preparado para enfrentar qualquer desafio", resume.
Do outro lado, o desafio de Ricardo Oliveira é se manter concentrado na Portuguesa. No início da semana, o vice-presidente de futebol do clube, Manuel Pacheco admitiu negociá-lo logo ao término do Torneio Rio-São Paulo para "fazer caixa".
"Temos um clássico pela frente e um clássico é sempre uma vitrina para o jogador aparecer ainda mais. Quero fazer meu papel, que são os gols", disse o atacante da Portuguesa, artilheiro do time na competição, com seis gols marcados.