São Paulo - À beira da crise e pressionado pela torcida, o Santos tem pela frente o Botafogo, asa negra desde a fatídica final do Brasileiro de 1995. Qualquer resultado que não seja a vitória este domingo, às 16h, na Vila Belmiro, compromete a classificação do Peixe para as semifinais do Rio-São Paulo.
"Para nós, esse é um jogo de alto risco. Principalmente porque não sabemos qual vai ser a reação da torcida", afirma o lateral-esquerdo Léo.
A seu favor, o time de Celso Roth conta com o fato de ter conquistado 100% dos pontos que disputou em casa na competição regional.
Mas o Botafogo é um dos raros clubes com retrospecto favorável na Vila nos últimos anos. Prova disso é que, de 1997 para cá, o Alvinegro carioca tem garantido um dissabor por ano para o torcedor santista.
"Nas atuais condições, todo jogo para o Santos é decisivo. Mas acredito que, se vencermos amanhã (domingo), os ânimos vão se acalmar", acredita o meia Robert, único remanescente da final perdida para o Botafogo há sete anos, e alvo de recente protesto de torcedores que picharam os muros do estádio.
Nas últimas temporadas, os botafoguenses eliminaram o Peixe duas vezes nas semifinais do Rio-São Paulo (em 98 e 2001). Fora isso, ganharam na Baixada em 97, 99 e 2000. A primeira partida da equipe sob a administração de Marcelo Teixeira foi justamente contra o Botafogo, em janeiro de 2000. Resultado: 3 a 0 para os visitantes.
"Contra o Americano, o jogo era fundamental e o time não rendeu. Isso nos obriga a vencer o Botafogo", lembra Celso Roth.
Um resultado negativo pode transformar a Vila Belmiro em um turbilhão. Em uma semana, o Santos perdeu para o frágil Americano e foi eliminado da Copa do Brasil pelo Inter. Fora de campo, Odvan reclamou de salários atrasados e voltou atrás após bronca da diretoria. De quebra, o gerente-executivo, João Paulo Medina, pediu demissão. Precisa mais?