Milão - Sob pressão, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, tentou disfarçar seus problemas na segunda-feira ao dizer que a auditoria interna nas finanças da entidade ``não é uma investigação''.
O comitê executivo da Fifa concordou na semana passada em organizar um ``Comitê de Auditoria Interna Ad-hoc'' para lidar com a crescente preocupação sobre as finanças da organização.
As medidas foram tomadas após as críticas sobre a administração da Fifa com o fim da parceria de marketing com a ISL-ISMM em maio do ano passado, deixando dívidas de 300 milhões de dólares.
Os críticos de Blatter consideram a auditoria uma vitória da forte oposição contra o presidente e os que o apóiam.
Mas na segunda-feira Blatter disse que tudo foi idéia sua.
``Não há problemas financeiros na Fifa'', disse Blatter em entrevista à imprensa em Milão. ``Eu tomei a iniciativa no final de janeiro, quando enviei uma carta para todas as organizações nacionais e para os membros do comitê executivo dizendo que para dar total transparência eu propunha a instalação de um comitê de auditoria interna'', disse.
``Eu nego dessa maneira qualquer investigação. Não temos que investigar, mas controlar. Isso foi aceito pelo comitê executivo. A auditoria interna não é uma investigação. Só o congresso da Fifa pode incumbir-se de uma investigação'', completou.
Blatter tem até 28 e 29 de maio para melhorar sua situação ante os membros da Fifa. Nesses dias acontecerá em Seul um congresso eleitoral para definir o novo presidente da entidade.
Até agora Blatter é o único candidato declarado, mas acredita-se que Issa Hayatou, presidente da Confederação Africana (CAF), anuncie sua candidatura nesta semana.