São Paulo - O principal motivo que levou a Hicks Muse a procurar Carlos Alberto Parreira para comandar o time do Corinthians foi o reconhecimento que o técnico tem no exterior. Com ele, a empresa americana pretende "internacionalizar" o Timão.
Pois o primeiro passo para isso começará, de fato, nesta quarta-feira contra o Cruzeiro, às 21h45min, no Morumbi. Depois de atropelar os frágeis River (PI) e Americano, o Corinthians enfrenta, pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil, o primeiro time grande na competição que é o caminho mais curto para a Copa Libertadores.
Nos primeiros dias no clube, Parreira admitiu que não há outro caminho para o reconhecimento internacional de um clube sem as conquistas da competição sul-americana e do Mundial Interclubes, em Tóquio. Em 2000, o Corinthians conquistou o Mundial de Clubes da Fifa como representante do país-sede por ter conquistado o Brasileirão de 99.
"O Mundial é um torneio extemporâneo. Houve um em 2000, mas a segunda edição não está no calendário da Fifa para o ano que vem", afirmou, na época, o treinador.
Além dessa competição, o clube ganhou a "Pequena Taça do Mundo", em 1953, na Venezuela. Um quadrangular, no qual venceu Barcelona (3 a 2 e 1 a 0), Roma (1 a 0 e 3 a 1) e a seleção de Caracas (2 a 1 e 2 a 0).
Pela Libertadores, o Corinthians chegou perto da final em 1999 e 2000. Nas duas ocasiões, o time foi desclassificado pelo rival Palmeiras. Nos últimos dois anos, o time ficou ausente. Se conquistar a Copa do Brasil, da qual foi vice em 2001, garante uma das vagas para 2003.
"É um bom caminho, mas ainda é cedo para pensar nisso. Vamos por partes", afirma ele. De qualquer forma, o projeto da Hicks vai começar.