Rio - A bela atuação de Felipe no clássico de domingo irritou os rubro-negros, mas um deles acompanhou as jogadas do rival com uma ponta de felicidade: para Athirson, a boa fase do vascaíno é a prova de que ele também pode superar o tempo perdido após a má fase e o ostracismo na Itália.
"Felipe é um grande jogador, que sofreu muito longe do Vasco e hoje vive ótimo momento. Não foi às Olimpíadas de 2000 e mesmo assim não desanimou. É um exemplo a ser seguido", comentou o lateral.
As histórias de Felipe e Athirson são parecidas. Ambos viveram a melhor fase de suas carreiras nos clubes onde foram revelados e, depois de litígios com estes clubes, não jogaram mais como antes.
Na reserva da Juventus, Athirson jogou apenas seis jogos em 2001. Felipe, por sua vez, enfrentou a negociação com a Roma em 99 — que acabou não se concretizando — e a briga com a diretoria vascaína no final de 2000.
Acabou ficando três meses sem jogar no início de 2001, até ser emprestado ao Palmeiras, em março daquele ano. Em seguida, passou por outro tenebroso inverno até ser contratado pelo Atlético Mineiro, com o Brasileiro já em andamento. Só voltou a sonhar com a Seleção em 2002, com a camisa do Vasco.
"Isso mostra que um jogador pode até demorar para se recuperar, mas, com o tempo, tudo volta ao normal. Nada vai cair do céu, mas tenho o dom e isso ninguém perde. O importante é acreditar em mim mesmo", comenta o rubro-negro.
Neste ano, Athirson jogou quatro vezes e ainda não teve uma atuação brilhante. Resta torcer para que quarta, no jogo decisivo contra o Universidad Católica pela Libertadores, ele justifique sua volta ao Flamengo.