São Paulo - O clima na Portuguesa não poderia ser pior. Com o time passando por uma péssima fase no Rio-SP e com a necessidade de vencer o Criciúma nesta quarta-feira, às 20h30, no Canindé, para seguir adiante na Copa do Brasil, a diretoria dispensou dois jogadores – o lateral Alemão e o atacante Reinaldo – e fez questão de deixar bem claro: caso o time não melhore, mais cabeças podem rolar.
“O time tem jogado de forma vergonhosa. Precisávamos fazer algo”, diz Manuel Pacheco, vice-presidente de futebol da Lusa, que alerta: “Mais jogadores podem ser dispensados. Vai depender do jogo de quarta”, ameaça Pacheco.
Alemão e Reinaldo chegaram ao Canindé envolvidos – juntamente com Rogério Pinheiro – na negociação de troca por empréstimo do zagueiro Emerson com o São Paulo, em janeiro. Ambos tinham contrato até junho com a Lusa, e se disseram surpresos com a decisão da diretoria.
“Fui pego de surpresa. Não esperava essa decisão da diretoria, mas tenho que acatá-la”, diz Alemão.
“Não guardo mágoas de ninguém, pois saio de cabeça erguida e com a sensação de dever cumprido”, explica Reinaldo.
Os demais jogadores tentam disfarçar, mas não conseguem esconder a preocupação quanto a uma possível eliminação do time – que significaria o "fim" do semestre, dada a situação crítica da equipe no Rio-SP – e, principalmente, quanto à possibilidade de novos cortes.
“(A dispensa dos jogadores) foi uma medida drástica e eu não sei se o momento era o mais propício para isso”, comenta o atacante Sinval.
“O pessoal sente o impacto, fica preocupado. Temos que levantar a cabeça”, diz o meia Hernani, que cede seu lugar no time ao chileno Uribe, recuperado de contusão.