Rio - Gordura na folha salarial e com baixo rendimento dentro das quatro linhas, o meia Petkovic está em ritmo de despedida do Flamengo: depois de uma série de reuniões com o procurador do iugoslavo, Josias Cardoso, o presidente rubro-negro, Edmundo dos Santos Silva, deixou acertada a rescisão contratual para o próximo dia 31 de julho.
“Petkovic já está no orçamento”, limita-se a dizer o presidente.
Para se livrar do milionário salário do iugoslavo (US$ 220 mil entre carteira de trabalho e direito de imagem), o Flamengo vai reduzir a duração de seu contrato, de janeiro de 2004 para julho de 2002, com o comprometimento de, assim que tiver dinheiro em caixa, acertar a dívida salarial que tem com o jogador, que já ultrapassa US$ 1,5 milhão.
Além da impossibilidade de manter o craque por problemas financeiros, ninguém suporta mais o comportamento do meia. Se todos os companheiros estão de branco, ele está de preto; se estão de mangas compridas, ele está de manga curta; e, às vezes, até se nega a vestir o uniforme para viagens.
Sem contar as constantes reclamações em campo. Nesta quinta, ele fez queixa a um membro da diretoria de que está atuando fora da posição.
Em Santiago, ficou mais ao lado do embaixador da Iugoslávia, Lazarovic, do que com os companheiros. Com a conivência da diretoria, o embaixador se hospedou no hotel em que a delegação estava e desfilou com uniforme rubro-negro. Como Petkovic é um assunto muito delicado no clube, ninguém solta o verbo.
“Ele vive de um gol, o do tricampeonato, ganha R$ 500 mil por mês e fica com as mãos na cintura”, esbraveja um dirigente que pede anonimato.
Sem o camisa 10 iugoslavo, se engana quem pensa que o contrato de Juninho pode ser prorrogado. A idéia é montar uma nova equipe para o segundo semestre.