Roma - A Justiça italiana abriu uma investigação na sexta-feira após a briga de quarta-feira entre os jogadores da Roma e do Galatasaray.
O escritório da promotoria de Roma abriu as investigações depois de um batalha campal e verbal entre os integrantes das duas equipes.
Fontes judiciais disseram que a investigação, a cargo do promotor-assistente Ettore Torri, vai usar imagens e fotografias para determinar se acusações vão ser formalizadas.
Um boletim policial fornecido à Justiça cita três jogadores do time turco -- Emre Asik, o goleiro colombiano Mondragon e Umit Karan -- por causarem ferimentos e resistirem a um policial.
Treze policiais ficaram feridos na confusão.
A guerra de palavras que dominou a imprensa não deu sinais de acalmar, com o Galatasaray acusando a Roma de ter começado a briga e com manifestantes anti-italianos tomando as ruas de Ancara.
“Eles ofenderam minha mãe'', disse o jornal Gazzetta dello Sport em sua principal manchete, explicando porque Lima, o meio-campista brasilero da Roma, explodiu após o final da partida.
”Quando ouvi aquela frase em turco, não consegui me conter'', disse ele a um policial que investiga a briga.
“Eles me chamaram de negro e ofenderam minha mãe, de um modo muito agressivo'', disse ele.
“Eles me insultaram de forma grosseira e foi dirigido para mim porque eles sabem que eu entendo turco'', disse Lima, que aprendeu a língua quando jogou na Turquia.
A briga envolveu jogadores, comissão técnica e policiais, logo após o final do jogo válido pelo grupo B da Copa dos Campeões, que acabou 1 a 1.
A Uefa abriu uma investigação sobre o incidente e uma audiência foi marcada para o dia 22 de março.