São Paulo – Se na pista o domínio da Ferrari tem sido amplo, nos bastidores uma frente formada por Williams e McLaren tem atormentado a vida do time italiano.
Os times, comandados por Frank Williams e Ron Dennis, travam uma luta para evitar que as mudanças de regulamento que a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) irá implantar as prejudique. A entidade quer tomar medidas para reduzir os custos.
Considerada a grande favorita ao título da temporada 2002, a Ferrari não se opõe às mudanças. Segundo o site oficial da Fórmula 1, o time italiano faz apenas uma exigência. Quer que elas só sejam implantadas em 2003.
Williams e McLaren batem o pé em uma das sugestões da FIA. Elas não querem que seja limitado o uso de motores. Duas propostas foram feitas. A primeira restringia o fornecimento a uma unidade por final de semana. Caso o motor estourasse, um novo poderia ser colocado. Mas, nesse caso, o piloto perderia dez posições no grid de largada. A segunda opção será permitir o uso de até dois motores. Com motores menos confiáveis que a Ferrari, os times insistem em derrubar essa regra.
Para reduzir os custos, a McLaren propõe uma redução no número de corridas. Isso, no entanto, tem pouca chance de acontecer. Quem dá o direito de os países sediarem provas é o todo-poderoso Bernie Ecclestone. O chefão já fechou contratos longos com os atuais promotores e já avisou que tem intenção de aumentar o número de corridas.
Uma série de encontros entre os chefes de corridas ocorreram na Malásia. Mas não há consenso. Até a limitação dos dias de treinamentos cancelando as sessões livres de sexta-feira já foi discutido. Porém, assim como as outras medidas, não agradou a todos.
O mesmo acontece em relação ao limite de dias para testes. Essa medida atingiria especialmente a Ferrari, que chega a testar em dois circuitos diferentes num só dia.