Santiago de Chile - A relação do tenista chileno Marcelo Rios com o técnico brasileiro Ricardo Acioly terminou depois de pouco menos de oito meses e dois títulos, confirmaram nesta segunda-feira o jogador e o próprio técnico, também capitão da equipe brasileira na Copa Davis.
"Marcelo me comunicou que por enquanto deseja viajar só com sua família e com o preparador físico", disse Acioly, em declarações feitas do Brasil à rádio Cooperativa de Santiago, nas quais ressaltou que a separação foi em bons termos.
Rios informou o fim do contrato em sua página na internet.
O contrato que unia o tenista chileno ao técnico brasileiro iria até a semana anterior ao torneio de Roland Garros deste ano, mas Acioly afirmou que não vê problemas com o cancelamento antecipado.
"É uma decisão de Marcelo de querer jogar e fazer as coisas por si próprio; não houve nenhuma briga e nenhuma discussão, simplesmente uma mudança de caminhos e o apóio nisso também, ainda que moralmente", disse Acoioly, sob cuja orientação Rios conquistou no ano passado os títulos de Hong Kong e Santiago e alcançou as quartas-de-final do Aberto da Austrália, em janeiro deste ano.
Rios, que na semana passada chegou às oitavos-de-final do Master Series de Indian Wells (EUA), teve onze técnicos desde que decidiu dedicar-se exclusivamente ao Tênis, quando tinha nove anos.
Nesse momento, em plena fase de formação, o jogador que em 1998 alcançou o número um do mundo durante seis semanas, era dirigido por Felipe Puelma, que exerceu o cargo por quatro anos e é o técnico que mais durou (1985-1989).
Em segundo lugar está o argentino Luis Lobo, antecessor do brasileiro Acioly, que o dirigiu por dois anos e meio, de 1999 até meados de 2001.
No entanto, o técnico que mais influiu na carreira do "Canhoto de Vitacura" foi o americano Larry Stefanki, que o levou ao número 1 do mundo em 1998 e que o dirigiu em dois períodos: 1995 e 1997-98, quando se separaram em maus termos.
Marcelo Rios volta a ficar sem técnico num momento em que se prepara para estrear no Master Series de Miami e está no lugar 33 da classificação da ATP (ranking de entradas) e 20 da corrida dos campeões da atual temporada.
Outros técnicos que dirigiram o tenista chileno foram o argentino Alex Rossi (1990-91), os chilenos Robinson Ureta, Belus Prajoux, Richard González e Erwin Dannenberg, os americanos David Aymé e Nick Bolletieri e o sueco Peter Lundgren.