Lisboa - O ex-presidente do Benfica, João Vale e Azevedo, foi acusado nesta quarta-feira de falsificação, lavagem de dinheiro e malversação de cinco milhões de euros na venda de terrenos situados na parte sul do estádio.
Outro dos acusados neste novo processo é o ex-diretor financeiro do Benfica, Antonio Leitão, que participou da suposta falsificação de três contratos de compra e venda dos terrenos.
O negócio se refere à compra dos terrenos da área sul do estádio do Benfica pela empresa Euroárea.
Em troca, a Euroárea deu ao Benfica outros terrenos na localidade de Seixal, na margem sul do rio Tejo, para construir ali um centro de treinamento para o clube.
Segundo a acusação, Vale, Azevedo e Leitão falsificaram contratos para mostrar que o Benfica tinha pago cinco milhões de euros pelos terrenos de Seixal.
Vale e Azevedo estão em prisão preventiva por delitos de malversação de fundos e lavagem de dinheiro no caso da venda ao Alverca, em julho de 1999, do goleiro russo Sergei Ovchinikov.
Ao terminar o processo do denominado "caso Ovchinikov", a promotoria solicitou para Vale e Azevedo uma pena de onze anos de prisão.