São Paulo - Um time aguerrido, que valoriza a posse de bola, joga buscando o gol, tem a defesa menos vazada do campeonato – mesmo atuando com três atacantes, o que demonstra equilíbrio – e é maduro.
O Corinthians de Parreira – autor dos elogios acima – chega à reta final do Rio-São Paulo no ponto ideal, às vésperas dos dois jogos mais importantes da temporada até o momento: os clássicos contra os rivais São Paulo e Palmeiras (dias 31 de março e 7 de abril), que vão decidir a sorte do time no primeiro semestre.
Para o técnico, o futebol apresentado no segundo tempo contra o Botafogo foi uma síntese do que ele pensa e busca em uma equipe.
"Nosso segundo tempo (contra o Botafogo) foi maravilhoso. Soubemos valorizar a posse de bola, atacamos com velocidade e o time foi maduro, experiente ao tomar o gol de empate. Aliás, tomamos dois empates. Quando Ricardinho perdeu o pênalti e ao tomarmos o gol. E o time continuou o mesmo, com a mesma personalidade. Foi isso o que mais me agradou", afirmou Parreira.
A essas qualidades, soma-se a garra apresentada contra o São Caetano, no meio de semana, uma característica – tipicamente corintiana – que não tinha sido vista ainda pelo treinador, segundo o próprio.
O entusiasmo pela vitória sobre o Botafogo atingiu também os jogadores. Ricardinho diz que o time chegou ao ponto ideal. Fábio Luciano e Scheidt afirmam que a zaga está protegida e joga à vontade. Gil, Deivid e Leandro, os atacantes, voltam para marcar com a mesma segurança com que atacam.
É o Timão embalando para o jogo contra o São Paulo..."Esses próximos 15 dias serão fundamentais para o futuro do Corinthians no semestre. Precisamos pensar nesses jogos por etapas para não derrapar", diz Fábio Luciano.
Além dos clássicos pelo Rio-São Paulo, o Timão enfrenta o Cruzeiro, dia 3/4, pela Copa do Brasil, o caminho mais curto para a Libertadores.