São Paulo - Na gíria do futebol, cavalo é o apelido dado ao jogador violento, que abusa da força e dá botinada em todo mundo. O técnico Jair Picerni encontrou um novo sentido para a palavra ao comentar as atuações do atacante Wagner, autor do gol da vitória sobre o São Paulo.
"Quando ele voltou do Japão, estava mirradinho. Agora, está parecendo um cavalo", declarou o treinador, referindo-se à velocidade e à força física de Wagner.
O puro-sangue do Azulão agradece aos elogios do técnico e conta que não foi bem em sua curta passagem (3 meses) pelo futebol japonês no ano passado. Agora, Wagner quer aproveitar a boa fase.
"Eu fui para lá porque a proposta foi boa. Foi uma passagem rápida, não via a hora de voltar. Treinava pouco lá e voltei fora de forma. Sou um jogador que, para jogar bem, preciso estar bem fisicamente".
Ao lado de Adhemar, Wagner foi o destaque do ataque do Azulão que conquistou o vice-campeonato da Copa João Havelange. Com a chegada de Anaílson no ano passado, ele perdeu a vaga no time e preferiu ir para o Japão.
O atacante voltou no começo do ano e continuou na reserva de Anaílson. Mas a posição foi recuperada depois que o titular se machucou.
"Tive a oportunidade na equipe e não desperdicei. Agora, estou bem fisicamente e voltei a jogar um bom futebol", afirmou o puro-sangue do Azulão, que já marcou seis gols na temporada.