Rio - A versatilidade está na moda. Afinal, atuar em duas ou mais posições é ser uma das peças-chave de todo treinador moderno. Após ter se destacado no meio-campo do Botafogo contra o Corinthians, tendo marcado até um gol, Leonardo Inácio afirma não ter preferência por atuar no meio-campo, como já o fizera em outras ocasiões.
Mais maduro, o jogador até defende a sua posição de origem, com unhas e dentes. "O lateral é o jogador mais cobrado e, talvez, o mais injustiçado entre os onze titulares. A ele, são cobrados a marcação, o apoio, o cruzamento, o drible e a finalização. Se um destes quesitos não estiverem em um dia feliz, a atuação do lateral logo é criticada", analisou Leonardo, que diz que tal cobrança é peculiar no lateral que atua no futebol brasileiro.
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"No Brasil, o lateral que se limita à marcação e não apóia não é valorizado, diferente da Europa", diz.
E não é para menos. Leonardo Inácio vem sendo elogiado por Abel justamente por estar cumprindo bem estes fundamentos. Tanto no meio quanto na lateral, a estatística comprova que 70% dos gols do Botafogo em 2002 saíram de seus pés.
"Me sinto bem, na duas posições. Na lateral, meu papel vem sendo bom, pois Abel me dá liberdade. No meio-campo, tento ajudar na armação e não sobrecarregar o Alexandre", diz o meia-lateral.
Contra o Corinthians, Leonardo iniciou jogando no meio, com Leandro na lateral, no lugar de Taílson. Ele não crê que o time ficou defensivo. "Abel joga em função do adversário. O Timão pediu este esquema".