São Paulo – O brasileiro Enrique Bernoldi revelou, durante participação ao vivo na segunda edição especial do Esportes TV desta terça-feira que acredita ser sempre prejudicado por ser segundo piloto.

“No ano passado, várias vezes durante os treinos, estávamos sem carro reserva, e o engenheiro falava desce. No começo, não entendia. Pensava que era para ser feito algum acerto do carro, mas depois vi que o Verstapen (piloto holandês) tinha batido e precisava do meu carro. Treinei muito menos do que ele e, realmente, tem um pouco de diferença”, disse.

Neste ano, o companheiro de Bernoldi na Arrows é o alemão Frentzen, que pegou o posto de nº 1. “Na Malásia, fiz o treino oficial com o carro reserva, que tem o acerto do Frentzen e não no meu.” O brasileiro acredita que se o carro tivesse com o seu ajuste, a situação poderia ser diferente: “Fiquei três décimos atrás do Frentzen e poderia ter ficado até na frente dele.”

Bernoldi é realista sobre as suas chances na temporada. Acho que em condições normais não tem nenhuma chance de vencer. “Não tem lógica, falar que eu vou vencer uma corrida com a Arrows. Só com muita sorte e com muitos imprevistos das outras equipes que isso pode acontecer. Espero estar num carro mais competitivo em 2003.”

Apesar das atenções da torcida estarem mais voltadas para Rubinho, o piloto afirma que já sentiu como é a influência da torcida no Brasil. “A primeira vez que corri aqui de F-1 foi no ano passado. É mais difícil. Se acontecer algum problema, a casa cai. O povo brasileiro está esperando que você seja um novo Senna. Ano passado, me dei bem com essa pressão, cheguei depois de duas péssimas corridas. Já estava no fundo do poço”, afirmou.