Rio - O piloto brasileiro Rubens Barrichello vai disputar neste domingo em Interlagos a sua 150ª. corrida na Fórmula 1, no domingo. Ele tem confiança de que a sua hora vai chegar, apesar dos resultados no Brasil terem sido extremamente frustrantes.
Aos 29 anos, o brasileiro terminou apenas uma das nove corridas que fez em casa e seu retrospecto recente é muito ruim: há sete anos não chega ao final da prova em Interlagos criando uma espécie de 'maldição do GP Brasil'.
Na atual temporada, ele ainda não marcou um só ponto no campeonato. Na Austrália, depois de conseguir a quarta pole position de sua carreira, foi atropelado por Ralf Schumacher na primeira curva. Na Malásia, seu motor estourou quando caminhava para um segundo lugar.
Enquanto Michael Schumacher lidera o campeonato, Barrichello larga em Interlagos com seu papel de segundo piloto muito bem definido. Schumacher vai estrear o novo carro F2002 e o brasileiro continua com o sabidamente confiável F2001.
“Prefiro pensar que meus maus resultados no Brasil são apenas coincidência”, declarou Barrichello à Agência Reuters. “Não acho que eu tenha uma maldição em Interlagos. Na verdade, correr para meus torcedores sempre me traz uma sensação especial.”
Durabilidade tem sido o grande problema de Barrichello desde 1994, quando terminou em quarto, com a Jordan.
No ano passado a Ferrari de Barrichello falhou na volta de apresentação, forçando-o a largar com o carro reserva, depois de uma cansativa corrida até os boxes, debaixo do calor escaldante.
E logo na largada ele atingiu o Williams de Ralf Schumacher, abandonando a corrida e recebendo várias críticas por sua atitude. “É algo que eu me pergunto, por que essas coisas acontecem? Tenho que continuar sorrindo e pensando no lado positivo. Mas no espaço de dez minutos tudo deu errado.”
Em 2000, ele liderou por duas voltas antes de uma quebra no sistema hidráulico. No ano anterior, ele levou a torcida à loucura ao liderar por 23 voltas antes de sofrer uma quebra no motor de seu Stewart.
Em 1998, foi a caixa de câmbio. Em 1997, ele ficou no grid, com problemas no seu Stewart, e depois teve a suspensão do carro reserva quebrada. A corrida de 1996 viu Barrichello largar na primeira fila, ao lado de Damon Hill, mas o brasileiro rodou com o Jordan quando ocupava a quarta posição.
Problemas na caixa de câmbio impediram que ele terminasse os GPs de 1995 e de 1993, quando estreava com a Jordan.
Na sua décima participação, o piloto paulista tenta seu primeiro pódio. “Quero permanecer calmo” afirma ele. “Não prometo nada, nem pole nem vitória. Só quero me divertir.”