Rio - Uma reunião secreta, realizada com a presença do técnico Luiz Felipe Scolari, decidiu que o atacante Romário está, definitivamente, fora da Seleção.
Sob a condição de que não seriam identificados, dois craques falaram ao jornal LANCE! que o Baixinho é visto pelo grupo de Felipão como uma "laranja podre". Eles revelaram que uma reunião das lideranças com o técnico, às vésperas do último jogo das Eliminatórias, definiu a exclusão do vascaíno.
“Romário não vem. Fechamos o grupo sem ele. O Felipão vai ter que bancar isso até o final para continuar tendo o respeito do grupo.”
“Fizemos uma reunião e resolvemos pela não convocação de Romário. Ele quer ter um tratamento especial e vira laranja podre, contaminando o grupo. Sem contar que jogador nenhum quer ficar correndo por dois”, disse o outro craque.
Na ocasião, em novembro de 2001, o Brasil se classificou vencendo a Venezuela por 3 a 0. A reunião com Felipão ocorreu logo após a confusão criada pela CBF com a convocação de Cafu para a partida contra a Venezuela, sendo que o lateral estava suspenso.
Os líderes da Seleção temiam que Romário fosse chamado, já que Luizão não estava com 100% de condições físicas. A convocação do lateral Alessandro eliminou a chance de Romário virar o herói de última hora.
Com a classificação, o grupo ganhou força e um terceiro craque da Seleção fez coro. “Jogar com Romário é jogar com um a menos. E o Ronaldo é melhor do que ele.”
Felipão fechou com o grupo porque não quer armar o time em função de Romário e não gosta do seu comportamento de estrela. Por meio de sua assessoria de imprensa, o técnico negou a reunião de novembro passado.
Antes do jogo contra o Uruguai, a última vez em que Romário foi convocado, o atacante deixou claro a sua insatisfação com a Seleção. Ele criticou a postura da CBF na demissão do treinador Leão e defendeu o ex-técnico. Na mesma época, Felipão privilegiava Rivaldo.
Leão sempre o colocava como o mais importante da Seleção Brasileira. O Baixinho gosta de privilégios e de ser tratado de forma diferente. Por exemplo: ele prefere ser sempre o último a entrar em campo nos treinos, como forma de mostrar sua posição de líder.