São Paulo - Não deixa de ser irônico. Na partida em que o Santos precisa desesperadamente vencer, a maior preocupação é defensiva. Não à toa, já que à frente da linha de ataque inimiga estará um certo atacante de nome Romário.
"É craque, jogador fora de série, mas nem por isso vamos nos preocupar apenas com ele. O time do Vasco é um conjunto, não apenas um atacante", defende Celso Roth, enchendo a bola do Baixinho, mas depois preferindo valorizar toda a equipe adversária.
Mas o receio entre os santistas é real. Com três zagueiros, o camisa 11 deverá sofrer uma marcação por zona, mas Odvan – o mais experiente entre os três defensores, e também o que melhor o conhece – deve ficar encarregado de vigiá-lo de perto.
"De baixinho, ele não tem nada. Se você cochilar um segundo, ele decide o jogo", analisa André Luís, querendo dizer que, dentro de campo, Romário é gigante.
Tendo a vitória como único resultado que mantém viva a chance de classificação, Roth tem a intenção de que o Santos ‘cozinhe’ o Vasco.
Principalmente nos primeiros minutos da partida. "Vamos tocar a bola no meio-campo, ficar com ela o maior tempo possível".
Nossa intenção é enervá-los, porque os cariocas precisam também da vitória –afirma Léo, que terá liberdade total para apoiar o ataque, apesar da presença de Euller do outro lado.
A derrota sofrida pelos vascaínos diante do CSA animou a equipe. Para os paulistas, o time da casa vai tentar partir para cima, até para dar uma satisfação aos torcedores. "Esse jogo é tão decisivo para o Vasco quanto é para nós. Vamos ter calma", afirma o treinador.