São Paulo - Aeroporto de Congonhas, São Paulo, sábado à tarde. No meio do feriado prolongado, o clima de tranqüilidade foi quebrado, por alguns momentos, pelo embarque de São Paulo e Corinthians a Presidente Prudente, local do clássico de hoje.
O vôo JJ9150 da TAM, que levou as duas equipes ao interior paulista, foi fretado pela Liga Rio-SP e estava marcado antes do torneio começar.
As equipes minimizaram, durante a semana o fato de viajarem juntas, mesmo após a tensão provocada pelos comentários do corintiano Gil sobre a defesa do São Paulo. Mesmo assim, o encontro foi evitado até a hora de entrar no avião.
A primeira delegação a chegar foi a corintiana. Não demorou para que os fãs começassem a aparecer, pedindo fotos e autógrafos.
"Aonde o Corinthians vai, a gente tenta acompanhar", disse a corintiana Priscila Viana, que foi a Congonhas apenas para ver seus ídolos, acompanhada dos filhos pequenos e do marido Alexandre, são-paulino.
Os jogadores, acostumados à rotina de flashes e assinaturas, não reclamam do assédio recebido.
"É uma alegria. Eles fazem nosso sucesso, por isso temos que atendê-los", afirmou Deivid, depois de uma foto com os garotos Leandro e Davi, ambos de 11 anos, que já tinham autógrafos de Dida, Gil e Kléber.
Pouco a pouco, os corintianos vão para a sala de embarque, aberta só para passageiros. Um minuto depois, Rogério Ceni puxa a fila de são-paulinos no saguão. Personagens diferentes, cenas iguais: fãs matam a vontade de ver os ídolos. Ou rever.
"Acompanhamos sempre o time, não só no aeroporto", diz Marli de Jesus, que carrega algumas de suas 800 fotos sobre o São Paulo.
Passa o tempo e os são-paulinos também se dirigem para o local de embarque, trocando o assédio dos fãs carinhosos pelo encontro com os adversários. E a calma voltou ao saguão de Congonhas.