São Paulo - Neste domingo, após a derrota para o Corinthians, o técnico Nelsinho Baptista e os jogadores saíram do vestiário cabisbaixos, admitindo inferioridade no clássico e revelando perda da auto-estima da equipe, a mesma que no início da temporada emplacou sete goleadas seguidas nos adversários.
"Nesta partida, conseguimos apenas minutos de superioridade, após o gol de empate. Mas depois a equipe se perdeu de novo. O time não tem jogado como vinha jogando antes", reconhece Nelsinho Baptista.
"Claro que a nossa auto-confiança está balançando um pouco nesse momento", admite o goleiro e capitão Rogério Ceni, após a quarta derrota consecutiva.
Ninguém arrisca uma explicação para a má fase tricolor, mas há um consenso entre jogadores e comissão técnica: é preciso conversar. "Não sei o que acontece, mas temos de conversar e pôr a mão na consciência para voltar a apresentar aquele futebol", acredita Gabriel.
"É importante a conversa. Até a própria discussão dentro de campo é saudável. Contra o Corinthians, faltou atenção, concentração, dar valor às conquistas em campo", analisa Rogério Ceni.
A situação confortável na tabela já era. Agora, todos fazem contas. "Para a classificação, pelos resultados desta rodada, a gente precisa de pelo menos quatro pontos nas duas últimas partidas", calcula Nelsinho Baptista, que há semanas nem imaginava ter de usar calculadora neste semestre.
Até a paciência da torcida está indo para o espaço. Neste domingo, na chegada ao hotel da cidade, cerca de 20 torcedores do São Paulo hostilizaram a delegação com xingamentos e cobranças.
"Vamos ter de resgatar a auto-confiança para fazer esses últimos quatro pontos e conseguir a classificação. O importante agora é classificar porque na semifinal não há favoritismo", afirma Rogério Ceni, com o olhar meio perdido.