São Paulo - O 4-3-3 que o Corinthians vem utilizando nos últimos 12 jogos será mais do que nunca a principal arma da equipe nesta quarta-feira, contra o Cruzeiro.
Mas, nesta noite, em vez do referencial no ataque ser o lado esquerdo, com Gil, o treinador quer aproveitar as subidas do lateral-esquerdo cruzeirense Sorín e deve orientar Deivid para jogar como um verdadeiro ponta-direita no estádio do Mineirão.
“No primeiro jogo ele já me pediu para atuar nas costas do Sorín, que avança muito”, diz Deivid.
Apesar dos avanços do argentino, os dois gols corintianos naquela partida nasceram pelo lado esquerdo, formado por Gil, Ricardinho e Kléber. É o setor mais forte do sistema 4-3-3, que vem dando certo no Corinthians e surpreendendo analistas e torcedores, que desde a Copa de 94 estigmatizaram o técnico Carlos Alberto Parreira como retranqueiro.
O 4-3-3 foi testado pelo treinador pela primeira vez no Corinthians no segundo tempo do jogo contra o Etti Jundiaí, pela quarta rodada do Torneio Rio-São Paulo. O Timão perdia o jogo e conseguiu chegar ao empate.
O treinador ainda utilizou o 4-4-2 no jogo seguinte (vitória de 2 a 1 sobre o Ríver, pela Copa do Brasil), mas na vitória de 2 a 0 sobre o América, dia 9 de fevereiro, o time começou jogando no 4-3-3 e desde então não deixou mais este esquema.
“Criamos uma maneira de jogar no 4-3-3 e vem dando certo. Não teria motivos para mudar agora”, diz Parreira, que na pré-temporada já havia testado o time desta maneira.
Mas a saída de Luís Mário (após encerrado o contrato com o clube o atacante entrou na Justiça e conseguiu a transferência para o Grêmio) fez o treinador voltar a optar pelo tradicional 4-4-2, que, para ele, ainda é o melhor esquema existente.
“Muitas seleções utilizam o 4-4-2. Acho que é o melhor esquema ainda”, diz o treinador, lembrando a longevidade do 4-4-2, que segundo ele nasceu na década de 60 e até hoje é utilizado pela maioria dos times.