São Paulo - Maior ídolo da história do Palmeiras, Ademir da Guia completa 60 anos nesta quarta-feira sem a expectativa de ser homenageado pelo clube que defendeu durante 16 anos.
“Pelo que sei o Palmeiras não me fará nenhuma homenagem. Não vou ficar triste se não fizerem. Eles não têm obrigação. Não estou esperando nada”, declarou Ademir.
Ao completar seis décadas de vida, o craque da Academia conta que teve dificuldades no início da carreira, quando se transferiu do Bangu para o Palmeiras.
“Quando vim para São Paulo a mudança foi muito grande. Não esperava que teria um futuro tão glorioso no Palmeiras”, afirmou o “Divino”, como ficou conhecido pela torcida alviverde.
Ademir considera o ano de 1972 o mais importante da sua vida nos campos de futebol. “Em 1972, o Oswaldo Brandão assumiu o time do Palmeiras e ganhamos tudo: Campeonato Brasileiro, Paulista, Torneio Laudo Natel, Ramón de Carranza e o Torneio de Mar Del Plata”, relatou.
A grande frustração de Ademir da Guia é não ter disputado uma Copa do Mundo como titular. Ele esteve no mundial de 74, mas somente atuou contra a Polônia, na disputa do terceiro lugar.
“Eu queria ter jogado. Mas o Rivellino estava bem e acabou sendo escalado como titular pelo Zagallo. Isso faz parte do futebol, não tenho do que me queixar.”
Uma iniciativa do cineasta Pena Filho pretende levar para as telas de cinema os gols e melhores momentos da carreira de Ademir.
Segundo o ex-jogador, as filmagens devem começar após a Copa do Mundo. Para o documentário, serão coletados depoimentos de ex-jogadores como Leivinha e Dudu, e cronistas esportivos, como Armando Nogueira e Fiori Gigliotti.