Buenos Aires - O seqüestro do irmão do jogador do Boca Juniors Juan Román Riquelme comove a Argentina e gerou inquietação devido ao fato de não ter sido denunciado à polícia, razão pela qual a Justiça intervém desde o momento em que o caso se tornou público.
Cristian Riquelme, de 16 anos, jogador das divisões inferiores do clube Platense, da segunda divisão argentina, foi seqüestrado por um grupo de pessoas na terça-feira à noite nas cercanias de sua casa, situada na localidade portenha de Don Torcuato.
Segundo reportagens na imprensa e informações que circularam no clube Boca Juniors, os seqüestradores de Cristian Riquelme exigem entre 200.000 e 300.000 dólares para libertá-lo.
Fontes ligadas ao Boca disseram hoje que Juan Román Riquelme saiu na terça-feira da concentração da equipe, que joga hoje com o Huracán na 11ª rodada do torneio Clausura, depois de receber uma ligação telefônica.
A polícia portenha informou que os familiares do jovem jogador não denunciaram o seqüestro e que, provavelmente a negociação com os seqüestradores está sendo feita pelo astro do Boca Juniors.
Membros da unidade policial de San Isidro, na zona norte da Grande Buenos Aires, disseram que no o juiz federal Roberto Marquevich está envolvido.
Cristian é um dos nove irmãos de Juan Román Riquelme, arrimo de uma família de poucos recursos, que em 2001 esteve a ponto de ser contratado pelo Barcelona da Espanha por 20 milhões de dólares.
"Primeiro tentamos manter o assunto em segredo porque havia muita gente preocupada. É preciso ter prudência porque há uma vida em jogo", disse Mauricio Macri, presidente do Boca Juniors, à rádio La Red, de Buenos Aires.