Rio - Romário esteve nesta sexta no Maracanã para inaugurar uma seqüência de fotos do seu segundo gol na vitória do Brasil sobre o Uruguai, em 1993, pelas eliminatórias da Copa. Mas as fotos, expostas no hall dos elevadores, ficaram em segundo plano.
Romário chegou ao estádio com uma hora de atraso, mas tirou fotos, deu autógrafos e foi aplaudido por torcedores e turistas. Após a solenidade, o Baixinho fez questão de frisar que sua coletiva na véspera não foi uma estratégia para ser convocado.
"Tudo o que falei veio do meu coração. Estou mais aliviado, feliz, porque era o que queria expressar. O Romário é isso aí, também tem emoção. Se Pelé e Oscar se emocionam, porque não posso?" indagou.
Romário garante não estar preocupado com a repercussão de suas declarações e repetiu que o pedido de desculpas não foi por algo que fez, e sim, por alguma atitude ou palavra que possa ter magoado Felipão ou algum jogador da Seleção.
"Não fiz nada de errado. Não pedi para ser convocado e nem implorei. Sempre ganhei tudo no campo".
Em Caxias-RS, Felipão não ficou sensibilizado com o choro de Romário. Mesmo assim, o atacante não acha que ficou com sua imagem arranhada por causa da coletiva.
"Fiz tudo de coração, por isso não tenho vergonha. Não quero que ninguém fique com pena de mim. Não sei como o Felipão vai interpretar as minhas palavras", disse.
O juiz Marco Antônio Ibrahim, da 50 Vara Cível, negou ontem um pedido feito pelo advogado José Luiz de Melo para que a CBF seja obrigada a convocar Romário para a Copa. O juiz considerou o pedido inconstitucional.