Rio - Quem lembra da festa na Praça do Atlético na madrugada do dia 24 de dezembro, para receber os campeões Brasileiros de 2001, não poderia imaginar que apenas três meses depois a relação entre os jogadores do Furacão e a torcida estaria bem diferente. Sofrendo com as cobranças, só resta ao time vencer o Grêmio neste domingo, na Arena da Baixada, para fazer as pazes com a galera.
”O futebol só tem uma verdade absoluta, que é a vitória”, repete sempre quando tem oportunidade o técnico Geninho, sabendo que a frase se encaixa muito bem para representar o momento do time.
A mudança de comportamento dos torcedores se evidenciou no empate de quarta-feira frente ao Tubarão. O zagueiro Nem e o volante Flávio Luís chegaram a responder as críticas da torcida. Porém, um dia depois eles dirigiram os protestos para apenas um grupo selecionado.
Um pouco mais contido, o volante Cocito pede mais paciência para todos os atleticanos.
”Às vezes pegamos times que vem totalmente fechados e dificultam as coisas pra gente. A torcida tem que entender isso porque, mais do que ninguém, nós queremos conseguir as vitórias”, afirma.
O melhor exemplo dessa relação de céu e inferno é o atacante Kléber. Capaz de marcar belos gols tanto quanto de desperdiçar chances incríveis, ele conhece bem os dois lados da moeda. Não foram poucas as vezes que o artilheiro saiu ovacionado pela torcida, como também não podem ser desprezadas as oportunidades em que sofreu com as vaias.
”A vida de jogador de futebol é assim mesmo, principalmente para os atacantes, que não podem deixar de fazer gols”, completa o atacante.