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Fórmula 1
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Falência de alemães pode diminuir gastos na F1
Terça-feira, 09 Abril de 2002, 22h43

Londres - A falência do grupo de mídia Kirch poderá livrar a Fórmula 1 da ameaça de uma indesejável divisão em cinco anos. Também poderá assegurar maior estabilidade ao glamuroso esporte que está precisando cortar gastos devido às dificuldades financeiras, mas ainda não definiu onde seriam estes cortes.

Muito depende da decisão da Kirch de diminuir sua parcela majoritária na Slec, empresa que tem um contrato de 100 anos para gerenciar a faceta comercial da Fórmula 1. E claro, depende da reação dos participantes centrais à decisão tomada.

Uma indicação de rumo poderá sair no Grande Prêmio de San Marino deste final de semana, onde os chefes das maiores montadoras da F1 na Europa -- entre elas a Fiat da Ferrari, Mercedes e Renault -- deverão se reunir para debater planos para a competição rival que poderá começar em 2008.

O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, tem uma entrevista marcada com a imprensa do setor em Imola, sábado, e deverá responder sobre os planos futuros do esporte com o fim da Kirch.

A Kirch já afirmou em outras ocasiões que está aberta a ofertas pelas suas ações, mas a FIA ainda retém o poder de veto sobre qualquer mudança de propriedade que, em seu julgamento, tiver efeito negativo sobre um dos esportes mais populares do mundo.

A Kirch comprou a parcela de 58 por cento da Slec, de Bernie Ecclestone, por direitos de mídia da EM.TV ano passado. A compra desagradou muitas montadoras que agora pretendem criar o GPWC, um campeonato rival, que teria início com o final da temporada 2007.

Os fabricantes não pretendem deixar que a Kirch goze de recompensas financeiras pelo próprio investimento pesado na F1, principalmente porque pretendem que as transmissões das corridas continuem sendo feitas em canais abertos de televisão, para maior exposição das marcas.

O regulamento previsto para 2008 irá dividir os lucros de forma que as equipes tenham uma parcela maior, o que minimizaria a necessidade de cortes de gastos e deixaria as equipes menos dependentes dos patrocinadores.

Reuters

 

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