São Paulo - Os pilotos estão céticos em relação à decisão tomada pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) na semana passada. Os dirigentes da federação resolveram em seu Conselho Mundial que, a partir de agora, caso um piloto venha a causar um sério acidente, ele deverá retroceder dez colocações no grid de largada do GP seguinte.
Entrevistados nesta quinta-feira em São Paulo, na véspera dos primeiros treinos livres para o GP do Brasil, que acontece no domingo, Rubens Barrichello (Ferrari) e o alemão Ralf Schumacher (Williams-BMW) se mostraram também reservados. Os dois foram protagonistas de um espetacular acidente no início do GP da Austrália.
"Isso poderia ser bom para o espetáculo, mas vamos ver o que vai acontecer quando alguém reduzir a velocidade num veículo competitivo", disse Rubinho.
"É necessário estar realmente certificada a falta do piloto, caso contrário isso não seria certo. Para que não haja nenhum erro, pedimos à FIA que mantenha sempre os mesmos juízes a decidir, para ter assim uma melhor visão das coisas, um melhor conhecimento de cada um de nós. Acho que um ou dois dos juízes escolhidos devem ser ex-pilotos", disse Schumacher.
A decisão polêmica foi adotada pela FIA no dia 20 de março no Conselho Mundial realizado em Paris, após as confusões nas largadas das duas provas já realizadas este ano na temporada da Fórmula 1.
A FIA estabeleceu que os delegados poderão "obrigar um piloto envolvido num acidente a retroceder dez colocações no grid de largada da prova seguinte".
Outra medida adotada é que todo carro incapaz de abandonar o grid de largada por meios próprios 30 segundos depois da luz verde será conduzido aos boxes.