São Paulo - Já classificado para as semifinais do Torneio Rio-São Paulo, o Corinthians cumpre tabela neste domingo, às 16h, no Canindé, contra o Vasco. O jogo decidirá a sorte do time carioca ou a do rival São Paulo, mas não chega a entusiasmar o técnico corintiano Carlos Alberto Parreira. Quase não há motivos para motivação.
O primeiro deles é manter a invencibilidade de nove jogos. Um empate, mesmo em casa, seria bem vindo. Até porque alguns titulares devem ser poupados. Kléber, pendurado com quatro cartões, pode ser substituído por Edson Canhão. Fabinho e Renato são opções para entrar no lugar de Fabrício e Ricardinho.
"Independentemente da situação do São Paulo na competição, vamos escalar um time forte porque temos responsabilidade com a torcida e com a competição", diz Parreira.
Ver Romário em ação também atrai a atenção para a partida. Admirador confesso do Baixinho (com ele, o técnico conquistou a Copa de 94, nos EUA), Parreira prevê um duelo de alto nível entre a dupla Anderson/Fábio Luciano e o atacante do Vasco.
O técnico diz que se surpreendeu quando viu Anderson jogar pela primeira vez, ano passado, antepenúltima rodada do Brasileiro. Na época, ele treinava o Internacional e o Corinthians atuou com um time reserva.
"Ele foi um dos destaques. Por cima, por baixo... Anulou o Luiz Cláudio. Até comentei com um colega da comissão técnica que ele era um ótimo zagueiro", lembra Parreira.
Sim, Anderson foi bem. Mas hoje o adversário não será Luiz Cláudio... "Também joguei contra Romário no Rio-São Paulo de 2000, depois do Mundial. Acho que fui bem, mas ele acabou fazendo um gol (o jogo terminou 1 a 1)", afirma Anderson.
Fábio Luciano, mais maduro e "tarimbado", como ele mesmo se classifica, não se assusta com o confronto. "Marcar Romário é a mesma coisa de marcar França ou Gil Bala. É preciso ter atenção o tempo todo. Não menosprezo ninguém", diz.