Rio - Neste sábado, antes do treino, o presidente David Fischel reuniu os jogadores e deu a boa notícia: o que restava ser pago dos salários de dezembro e janeiro foi depositado. Restam, ainda, os direitos de imagem de fevereiro e os vencimentos de março.
O presidente não quis revelar a fonte do dinheiro, mas na última semana os dirigentes admitiam que o clube buscara um empréstimo bancário. "Foi uma solução que não garante nada para os próximos meses. A situação dos clubes está nos obrigando a um desmonte", disse.
O grande problema tricolor, hoje, são as dificuldades enfrentadas pela parceira, a Sportfive.
"A matriz não permite que eles coloquem um real sequer aqui. Há uma briga com o Vasco, a quem eles fizeram um aporte de US$ 8 milhões por conta de uma parceria que não aconteceu. A empresa vai mover uma ação contra o Vasco e, só após isto, poderá aportar recursos para nós. Preciso de alguém que me ajude financeiramente".
Fischel diz ter dificuldades para encontrar investidores: "Já sabíamos das questões envolvendo a Sportfive. Pelo contrato, até a situação se resolver, o Fluminense está livre para buscar outros parceiros. Mas ninguém quer colocar dinheiro em clubes tão endividados. Quem vai ficar sócio de uma dívida de milhões de dólares?"
Vários cortes estão sendo feitos no clube, começando pelos esportes amadores. O futebol deve sofrer um duro golpe no segundo semestre.