Santos - Daqui a 46 dias, o técnico Celso Roth fica sem contrato com o Santos. Nos quatro meses em que esteve comandando a equipe, disputou 19 partidas e venceu sete, todas na Vila Belmiro.
Foram duas eliminações (Copa do Brasil e Torneio Rio-São Paulo). Na reapresentação do elenco, marcada para esta terça-feira, a pergunta é se o treinador continua.
“Essa não é uma questão para eu responder. Acho que o trabalho precisa ser feito a médio prazo, mas é assunto para a direção”, esquiva-se sempre o técnico.
Embora tenha adversários entre os assessores de Marcelo Teixeira, o presidente parece disposto a dar continuidade ao trabalho iniciado pelo sétimo técnico de sua administração, iniciada em 2000.
Mas não dá para colocar a mão no fogo pelo dirigente. Marcelo Teixeira é suscetível a influências e pode mudar de idéia em um curto espaço de tempo. Vale lembrar que uma semana antes de contratar Roth, o dirigente havia declarado. “O técnico do Santos em 2002 é o Cabralzinho”, enfatizou.
Roth também encontra certa rejeição em setores do elenco. Alguns jogadores ficaram desgostosos com declarações dadas por Roth durante o Torneio Rio-São Paulo. Atletas experientes não gostaram de ser substituídos em algumas partidas.
As afirmações do treinador questionando a qualidade técnica do time também não foram engolidas por boa parte dos atletas. “Essa é a opinião dele, não a minha”, disseram Robert e Léo, dois dos mais experientes do time.