São Paulo - Se o São Paulo espera conseguir a vaga na semifinal da Copa do Brasil dentro de campo, terá que encontrar um jeito de marcar um baixinho habilidoso e marrento.
Não, a grande preocupação do Tricolor não é o atacante Romário. O baixinho em questão é o meia Felipe, que foi o destaque da equipe carioca na primeira partida do confronto.
"Ele é habilidoso, sabe driblar e cria as principais jogadas do Vasco", analisa o zagueiro Emerson.
O técnico Nelsinho Baptista concorda com o jogador e pede cuidados especiais com Felipe.
"Temos que marcar bem quem leva a bola para o Romário. A maioria das jogadas começa com o Felipe e com o Leonardo", diz o treinador.
E se depender do ânimo do vascaíno, os marcadores do Tricolor terão muito trabalho na partida desta quarta-feira. Felipe não gostou das declarações do goleiro Rogério Ceni (após o primeiro jogo, o são-paulino insinuou que o Vasco sempre é beneficiado pela arbitragem em São Januário) e promete mostrar que sua equipe também pode ganhar no campo.
"O Vasco merece um pouco mais de respeito. Aqui tem grandes jogadores que não precisam da ajuda de juiz algum para vencer", afirma o jogador.
O meia aproveitou também para defender o presidente Eurico Miranda, sempre acusado de armações e de atrapalhar o futebol brasileiro.
"Chega dessa história. Só porque o Eurico é um presidente que batalha pelos interesses do clube surgem essas insinuações. Ganhei seis títulos pelo Vasco sem a ajuda de árbitros", afirma o vascaíno.
Felipe acredita que o clima criado em torno do confronto depois da atuação de Luciano de Almeida na primeira partida pode até ser prejudicial para o Vasco.
"Esse erro do Luciano de Almeida pode fazer com que os juízes prejudiquem o Vasco num lance duvidoso. É bom deixar um alerta para a atuação do árbitro no jogo", diz o jogador, que acredita em um grande espetáculo. "Vai ser o confronto de duas grandes equipes", completa.