Rio - Depois de ter sido hostilizado pela torcida do Botafogo na partida contra o Guarani, o goleiro Wagner resolveu soltar o verbo e deu por encerrado o seu ciclo de nove anos no clube.
“Se sou um câncer para o Botafogo, deste mal o clube não vai mais sofrer. Estou pensando na minha vida e não devo me apresentar no dia 29”, afirmou o goleiro, que não quer ser apontado como culpado pela eliminação.
“Sempre reconheço os meus erros, mas não falhei desta vez. Foi a minha estréia no Rio-São Paulo e não posso pagar o preço de a equipe ter perdido pontos para Bangu e América, jogos em que eu nem estava em campo”, disse.
Wagner ainda ressaltou que há muito tempo vem sendo perseguido pela torcida alvinegra. “Os torcedores estão na bronca comigo há muito tempo. Qualquer coisa que acontecesse na partida, eu seria o responsável. Mas não tenho que dar satisfação à torcida. Nunca dei e nunca darei”, afirmou.
O goleiro disse desconhecer propostas de outros clubes. O presidente Mauro Ney Palmeiro chegou a dizer que o Atlético-MG estaria interessado em contratá-lo.
“Não tenho conhecimento disso. Até porque sou eu quem resolvo a minha saída. Tenho contrato com o Botafogo até o fim do ano, mas o passe é meu”, disse o goleiro, visivelmente contrariado.