Munique - O capitão do Bayern de Munique, Stefan Effenberg, foi retirado pelo técnico Ottmar Hitzfeld do time que enfrenta, no sábado, o Hertha Berlin por causa de seu comentário sobre desempregados.
O comentário feito pelo milionário jogador gerou muitos protestos. Effenberg disse que a maioria dos desempregados eram preguiçosos demais para procurar por empregos já que o seguro-desemprego era muito generoso.
"O jogo contra o Hertha é tão importante para nós que precisamos do apoio completo do público", disse Hitzfeld sobre a partida que será disputada no estádio Olímpico no sábado.
As duas equipes lutam pelo terceiro lugar e uma vaga na Copa dos Campeões da próxima temporada.
Hitzfeld foi um dos que criticou Effenberg após a declaração. "Não foi um comentário inteligente", disse o técnico. "É um peso extra para toda a equipe".
Effenberg, que recebe quatro milhões de euros (3,56 milhões de dólares) por ano, recusou-se a pedir desculpas.
Em uma entrevista à edição alemã da revista Playboy, Effenberg ressaltou que o seguro-desemprego era apenas um pouco mais baixo do que o salário mínimo.
"Eu cortaria o seguro-desemprego para o mínimo possível para que todos tivessem que trabalhar".
"Muitas pessoas estão aparentemente vivendo tão confortavelmente com seguro-desemprego que não têm nenhum desejo de levantar cedo todas as manhãs e ir trabalhar".
Effenberg, de 33 anos, já causou polêmica antes. Ele foi cortado da seleção que disputava a Copa de 1994 depois de um jogo em Chicago contra a Coréia do Sul depois de fazer o sinal do dedo para os torcedores alemães, que o vaiaram após um jogo ruim.
Ele foi enviado de volta para a Alemanha e nunca mais foi convocado para a seleção.
Há dois anos, ele pagou 167.000 marcos (75.000 dólares) em um acordo extra-tribunal depois de ser acusado de ter agredido uma mulher em uma casa noturna de Munique.