Paris - Michel Platini disse na segunda-feira que vai deixar seu emprego na Fifa no dia 30 de junho independentemente do resultado da eleição para a presidência da entidade.
Platini é conselheiro especial do presidente Joseph Blatter, que concorre à reeleição, desde 1998 e, assim como outros ex-jogadores, faz parte do Comitê de Futebol da Fifa.
O ex-capitão da seleção da França, de 46 anos, vai concorrer nas eleições da Fifa e da Uefa para os comitês executivos.
Ele se candidatou para uma das sete cadeiras disponíveis na eleição da Uefa, que acontece nesta quinta-feira em seu Congresso em Estocolmo. Já a eleição do comitê executivo da Fifa acontecerá no Congresso da entidade em Seul, no dia 29 de maio -- dois dias antes do início da Copa do Mundo.
Enquanto há 99% de chance de ele substituir o presidente da federação francesa, Claude Simonet, que está deixando o executivo da Uefa, sua eleição para o comitê executivo da Fifa é mais incerta.
``Se eu for eleito pela Uefa vou deixar a Fifa no dia 30 de junho'', disse Platini segundo o jornal L'Equipe de segunda-feira. ``Isso vai encerrar um ciclo de quatro anos, de 1998 a 2000, com duas Copas do Mundo. Mas se eu for derrotado, também não vou mais ficar na Fifa. Eu não poderia continuar como o conselheiro do presidente se eu for derrotado em uma eleição''.
Platini disse que recebeu algum apoio do presidente da Uefa, Lennart Johansson, depois de desistir de concorrer com o sueco pela presidência da entidade.
``Johansson me disse que vai me apoiar na eleição da Uefa. De fato, entrar na Uefa via comitê executivo e não diretamente pela presidência não é tão mau'', disse.
Enquanto a decisão de Platini de anunciar que vai sair da Fifa parece ser constitucionalmente correta, fontes ligadas à Fifa dizem que ele está deixando a entidade por estar desiludido com a crise que afeta o órgão.