Depois
de décadas sem assumir a paternidade da versão
do Mundial de Clubes disputada no Japão, a Fifa
(Federação Internacional de Futebol) resolveu
tomar para si a organização e, naturalmente,
os lucros de um torneio envolvendo times de
todos os continentes.
A
entidade escolheu o Brasil como sede do primeiro
mundial, que enfrentou grandes resistências
dos clubes europeus, especialmente por ter sido
realizado em janeiro, bem no meio da temporada
do Velho Continente. O principal foco de resistência
foi a Inglaterra. Os britânicos, que teriam
o Manchester United como representantes no torneio,
não queriam participar.
A
Fifa usou então na eleição que iria escolher
a sede da Copa do Mundo de 2006 como moeda de
troca. Temendo ser prejudicada na escolha, a
Federação Inglesa de Futebol determinou que
o Manchester disputasse o torneio. Os britânicos
jogaram, mas acabaram perdendo para a Alemanha,
protegida da Uefa, entidade que organizada o
futebol da Europa, o direito de receber a Copa.
A
Uefa bem que tentou sepultar o Mundial de Clubes,
mas a Fifa ganhou a queda-de-braço determinando
a realização da segunda edição. Fez, no entanto,
concessões. A maior delas a realização do torneio
no meio do ano, exigência feita pelos clubes
a Europa.
Outra
batalha foi em relação ao número de clubes.
Espanhóis e brasileiros queriam que a segunda
edição do torneio fosse realizada com 16 times,
entre eles Barcelona e Corinthians, atual campeão
mundial. O lobby foi derrubado e os times acabaram
ficando de fora.