O cassino do Gabigol é o retrato da tragédia brasileira
Artilheiro do Flamengo ignora a pandemia para ter o gostinho de frequentar um local proibido
A CBF, a FPF e todas as outras siglas de federações gostam de defender seus protocolos com unhas e dentes. O futebol seria um mundo à parte, com jogadores testados. Não há lugar mais seguro para frequentar do que a maravilhosa ilha do futebol.
A imagem de Gabigol em um cassino clandestino em São Paulo desnuda tal afirmação. No pior momento da pandemia no país, o jogador, que está de férias, quer viver perigosamente em um local proibido duplamente: pela jogatina e pela aglomeração.
Gabigol não é o primeiro jogador e nem será o último, infelizmente, a desrespeitar a pandemia. Se o mundo do futebol fosse mesmo essa maravilha, o Corinthians não teria 14 jogadores infectados nos últimos dias.
O problema do protocolo do futebol é que os jogadores não ficam isolados. Recentemente, Jô e Otero aproveitaram o dia de folga e foram para um resort na Bahia. Nesse caso, agiram legalmente. Mas falharam como ídolos, já que não usaram máscaras e não respeitaram o distanciamento social.
Voltando a Gabigol é uma pena ver que o melhor atacante do Brasil não parece estar nem aí pra pandemia e pro recorde de mortes, como alías já havia demonstrado outras vezes.