Um homem também chora
Baloy, o guerreiro menino de 37 anos, faz o primeiro gol da história do Panamá
Sim, o blog poderia homenagear o novo artilheiro da Copa, Harry Kane, chamado de furacão pelo amigo PVC. Cinco gols em dois jogos, incluindo um sem querer, justamente o que o colocou na frente de Cristiano Ronaldo e Lukaku.
Poderia homenagear a Inglaterra do mesmo cidadão Kane, dona da maior goleada do Mundial da Rússia até agora: 6 x 1. E que está cada vez mais roqueira com os dois gols do zagueiro artilheiro Stones.
Poderia destacar o emocionante empate de Japão e Senegal por 2 x 2, um jogo que reuniu dois coadjuvantes que dividem a liderança do grupo H, com vantagem dos samurais japoneses por causa do fair play.
Que tal falar do chocolate da Colômbia pra cima da Polônia? Com gols do ex-palmeirense Mina, de Falcão Garcia e de Cuadrado, os colombianos eliminaram os poloneses, se mantiveram na briga por uma vaga e vão para o tudo ou nada contra os senegaleses. Sim, seria uma ótima opção.
Mas não dá para não falar de Baloy. As lágrimas do panamenho depois de fazer o primeiro gol da história do Panamá na Copa do Mundo e a comemoração da torcida como se tivesse conquistado um título mostraram em um lance o que é o futebol.
Baloy, com passagens por Grêmio e Atlético Paranaense, esperou a vida inteira por esse momento. Disputar uma Copa do Mundo aos 37 anos e fazer um gol já perto da aposentadoria é o máximo que ele poderia alcançar.
Um homem também chora, menina morena. Eis a lição do guerreiro menino Baloy. Será que vai ter mais choro no início da terceira e última rodada da primeira fase? A segundona promete. Façam suas apostas!