O Santos tem tradição de ganhar campeonatos com equipes formadas por jogadores jovens recém-promovidos da base. O atual elenco pode entrar nesta conta. Neymar, Paulo Henrique Ganso e André são algumas das revelações santistas que tiveram grande destaque neste Campeonato Paulista. Alguns deles já haviam se destacado na última temporada, chegando à final do Estadual sob o comando de Vagner Mancini. Agora, com Dorival Júnior e alguns reforços com experiência e qualidade (como o retorno de um melhorado Wesley e a vinda de Marquinhos e Durval), os meninos ganharam maturidade e chegaram a o título.
O que mais chamou a atenção na campanha alvinegra no torneio foi a ofensividade do time. Foram muitas goleadas: 4 a 0 no Rio Branco, 5 a 0 no Grêmio Prudente (à época, ainda Barueri), 6 a 3 no Bragantino, 9 a 1 no Ituano e 5 a 0 no Monte Azul. Somente na fase classificatória, foram 61 gols em 19 jogos. Uma incrível média de 3,21 tentos por partida. Um índice que só foi alcançado pela mescla de atletas habilidosos e incisivos e um treinador que soube tirar o melhor deles, sem medo de jogar para frente.
Se o Santos teve tanto brilho no Paulista, parte do crédito tem que ser dada a Dorival Júnior. O treinador montou o Santos com um esquema difícil de ser visto no País, com muitos meias ofensivos e somente um volante - Arouca, que nem é tão defensivo assim. O resultado foi um futebol que encantou o público e levou à merecida taça, 18ª de Estadual.