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Orlando Duarte, Marcelo Veiga. Já morreram 182 mil mas e daí?

É só uma gripezinha, já está no finalzinho. Não sou coveiro. São tantas frases jogadas ao vento pelo presidente

15 dez 2020 - 19h05
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Paulinho, o vocalista do Roupa Nova. Orlando Duarte, jornalista esportivo. Marcelo Veiga, técnico de futebol. São três das últimas vítimas da Covid-19, as mais conhecidas, talvez. Só que estamos perdendo mais de 600 vidas por dia.

Técnico Marcelo Veiga foi uma das últimas vítimas da Covid-19
Técnico Marcelo Veiga foi uma das últimas vítimas da Covid-19
Foto: Jales Valquer/FramePhoto/Gazeta Press / Gazeta Press

Para o presidente tá tudo bem. Descolado da realidade e contando com a cegueira de parte da população, ele segue sem um plano de vacinação, sem um ministro da Saúde à altura do cargo e arrumando discussão política porque só pensa na reeleição. Que pesadelo sem fim.

Enquanto isso parte da população acha que a pandemia já acabou. Os mínimos cuidados são deixados de lado, os números se multiplicam e muitos parecem acreditar que a vacinação vai começar amanhã. Bom, pelo menos a maioria ainda acredita na vacina. Na fase atual, não é pouca coisa.

Lamentamos a morte de famosos e não famosos. Sentiremos saudade das músicas românticas cantadas por Paulinho, do eclético Orlando Duarte, do treinador Marcelo Veiga e sua história no Bragantino ou da boa campanha atual com o São Bernardo. Juntam-se a anônimos, que não são números, que são pessoas que deixaram e ainda vão deixar saudade em pais, filhos, amigos, irmãos. Pense em quantas mortes poderiam ter sido evitadas nesses nove meses se tivessemos alguém preocupado com a saúde pública na presidência. Até quando suportaremos?

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