1000 gols de Pelé, fim dos Beatles, Woodstock e homem na Lua
1969 foi o ano em que aconteceram coisas inimagináveis, como um jogador de futebol fazer 1000 gols na carreira
19 de novembro de 1969. Há exatos 50 anos, Pelé atingia um feito que muitos consideravam uma tarefa impossível: fazer 1000 gols. Com uma paradinha discreta, o Rei marcou o milésimo gol contra o Vasco, do goleiro argentino Andrada, que ao ver a bola entrar na rede socou a grama diversas vezes, porque não queria entrar para a história como o arqueiro que sofreu o milésimo gol do melhor jogador de todos os tempos.
Na vida de Pelé não é só o milésimo gol que parece obra de ficção científica. Quem quiser ter um resumo do que foi a carreira do Rei é só dar uma espiada no site oficial do Santos para se deliciar e se assombrar com os números. Lá, além dos 1.095 gols que ele marcou apenas pelo Peixe, chamam a atenção os 32 títulos conquistados (havia muito menos torneios do que hoje), os 58 gols marcados em um único Paulistão, o de 58, ou as 9 vezes consecutivas em que foi artilheiro pelo mesmo torneio. Mas o mais simpático é o primeiro em destaque: os 6.692 dias que Pelé defendeu o clube. Nada resume melhor o orgulho de todo santista pelo Rei do que essa paixão contada em dias.
Só que além dos 1000 gols de Pelé, o ano de 69 ficou marcado por outras coisas que pareciam impossíveis. Foi nesse mesmo ano que o homem pisou na Lua pela primeira vez. Na guerra espacial entre a então União Soviética e os Estados Unidos, essa foi uma batalha vencida pelos norte-americanos, graças ao astronauta Neil Armstrong.
Para quem é beatlemaníaco, 69 não foi o ano em que se anunciou o fim do grupo, mas na prática foi o último ano em que eles estiveram juntos de fato. O último show, no telhado, aconteceu no início de 69. Além disso, Abbey Road, o último álbum gravado em estúdio, famoso pela capa dos quatro atravessando a rua na faixa de pedestres, também foi produzido em 69.
E ainda teve o festival de Woodstock, em uma época em que parecia possível acreditar em paz e amor. Infelizmente, o tempo mostrou que essa possibilidade ficou cada vez mais distante. Mas ainda arrepia ouvir Hendrix, Janis Joplin, The Who, Joe Cocker e tantos outros, mesmo 50 anos depois.