Casos da Bola: Confissões amorosas de Sócrates
O dia em que o Magrão revelou durante uma carona a paixão pela cantora Rosemary
Se estivesse vivo, Sócrates completaria nesta terça-feira 65 anos. E que falta faz o Doutor da bola, gênio dentro de campo e um sonhador fora dele, inconformado com as injustiças sociais do país.
Bom, em 2008 fui escalado para fazer uma reportagem especial com Sócrates para o Esporte Espetacular. Fazia 30 anos que ele havia sido contratado pelo Corinthians e durante a entrevista, o Magrão lembrou dos principais momentos pelo clube, falou da Seleção de 82, Ronaldinho Gaúcho, etc e tal.
Depois da entrevista, chegou o ex-zagueiro Juninho e ficamos lá tomando cerveja e comendo pipoca, junto com o cineasta Fernando Kaxassa, outro amigão de Sócrates. Na hora de ir embora para o aeroporto de Ribeirão Preto, o Magrão fez questão de me dar carona.
Sócrates sempre foi meu grande ídolo, pela inteligência e classe dentro de campo, e por ter sido fundamental na luta pela redemocratização do país. De repente, estávamos conversando como se fôssemos velhos amigos e ele me falou da grande paixão que viveu com a cantora Rosemary.
Disse que inclusive os dois haviam se reencontrado recentemente e que o coração dele havia balançado outra vez. Como era uma conversa informal nunca escrevi nada sobre o romance. Só faço isso agora porque a paixão foi descrita com elegância no livro “Sócrates e Casagrande - uma história de amor”, escrito pelo próprio Casão e pelo jornalista e amigo, Gilvan Ribeiro.
Além disso, Rosemary também falou sobre a história dos dois, que nunca foi oficializada porque Sócrates era casado na época. E que ela durou até a morte do Doutor em 2011.
Sócrates era um apaixonado pela vida e por isso tanta gente ainda lamenta o fato de ele ter ido embora tão cedo. Mas ficam guardados na memória os gols, as jogadas geniais, o toque de calcanhar, o futebol arte e a promessa de não ir embora do país se as Diretas Já passassem no Congresso.
Sócrates Eterno.