Miguel, um menino que só queria a mãe e adorava jogar bola
A morte do torcedor mirim do Sport é o retrato de um país doente
5 jun
2020
- 13h59
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Chora a nossa pátria mãe gentil. Choram Mirtes e choram Rafaelas no solo do Brasil. Mas sei que uma dor assim pungente não há de ser inutilmente, como diria Aldir Blanc, sempre presente!
Um morto por minuto por culpa do descaso do capitão com a pandemia e dos covardes governadores e prefeitos, que começam a relaxar a quarentena no momento em que o coronavírus mais mata gente no Brasil.
E no país que não se assume racista Mirtes chora a morte de Miguel, 5 anos, que só queria jogar bola e ostentava com orgulho a camisa do Sport. E Rafaela chora a morte de João Pedro, que iria fazer 15 anos.
Chora a nossa pátria, que deixou de ser a mãe gentil.
Miguel, presente!
João Pedro, presente!