Senna e o dia em que São Paulo parou
Uma multidão tomou as ruas e avenidas para homenagear o tricampeão mundial
As cenas reaparecem desfocadas, com ausência de alguns detalhes, mas seguem vivas na memória, 25 anos depois da morte de Ayrton Senna. O dia em que São Paulo parou para se despedir do tricampeão mundial.
Tinha acabado de ser contratado como repórter de esportes na Folha da Tarde e fui escalado para participar da cobertura. Mais de 300 mil pessoas acompanharam o emocionante cortejo que levou o corpo do tricampeão do Aeroporto de Guarulhos para a Assembleia Legislativa.
Voltei pra redação, escrevi o texto e já me mandaram de volta para a Assembleia Legislativa, onde acompanhei o velório e entrevistei os famosos que passaram por lá. Parecia que o mundo inteiro estava presente. Os pilotos compareceram em peso, com Prost, visivelmente emocionado, dizendo sobre Senna que um era o espelho do outro.
Acho que nunca falei com tanta gente e foi duro constatar no dia seguinte, ao abrir o jornal, que pouco foi aproveitado do que havia passado para a redação por telefone. Perfeitamente compreensível, porque as repercussões vinham de todos os cantos, mas não menos frustrante para quem estava começando.
Vinte e cinco anos depois, Senna segue vivo em nossas memórias. Eterno tricampeão.
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