AVIADOR MORTO NA 1ª GUERRA DÁ NOME AO TORNEIO
A expressão 'grand slam' nasceu em 1933, quando um jornalista americano do New York Times, John Kieran, achou uma maneira de expressar a façanha do australiano Jack Crawford, que até então já havia conquistado os títulos do Aberto da Austrália, Roland Garros e Wimbledon. "(Se ele ganhar o US Open agora), seria o mesmo que dar uma grande pancada em uma ponte."
Crawford, porém, não conseguiu o feito. Perdeu a final para o inglês Fred Perry. Mas fez explodir a expressão.
E, coincidência ou não, raros foram os tenistas que conseguiram o Grand Slam no mesmo ano a partir de então. O primeiro a quebrar o tabu foi o americano Donald Budge, em 38, seguido depois por Maureen Connolly (53), Rod Laver (62 e 69), Margaret Court (70) e Steffi Graf (88).
Outros chegaram perto, como Jimmy Connors, em 74, que só perdeu em Roland Garros, e Mats Wilander, em 88, ao falhar em Wimbledon. No feminino, a americana Monica Seles chegou perto de Graf nos anos de 90 e 91. Mas parou sempre em Wimbledon. O mesmo torneio inglês foi uma pedra na vida de Ivan Lendl, que nunca conseguiu ser campeão na grama da realeza britânica. Já Roland Garros ainda é problema para o americano Pete Sampras. Em 2000, Andre Agassi venceu na França e fechou o Grand Slam, mas não no mesmo ano.
UM AVIADOR - O torneio francês começou a ser disputado em 1891. Mas o nome Roland Garros só passou a ser usado depois de 1918 -aliás, um anagrama de 1891.
Roland Garros foi um dos primeiros aviadores da França e era sócio do clube fundador da quadra de tênis perto de Porte d'Auteuil. Ele ganhou a homenagem depois de morrer em combate em outubro de 1918, cinco semanas antes do final da Primeira Guerra. Conforme estatuto do clube, a quadra ganharia o nome do primeiro integrante morto.
Em 2001, o torneio completa o centenário, apesar de só ter se tornado internacional a partir de 1925. E, foi desde então, que ficou conhecido como 'templo do saibro'.
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